Deformidades (Escoliose/Cifose)
Escoliose
A coluna vertebral quando vista de frente é reta, já quando vista de lado apresenta curvaturas que são fisiológicas (normais) que são cifose torácica e a lordose lombar. A escoliose é uma curvatura anormal da coluna no plano coronal (vista de frente).
Existem tipos mais frequentes de escoliose:
1. Congênita (de nascença) – causada a partir de uma má formação dos ossos no desenvolvimento do feto;
2. Neuromuscular – causada por problemas neurológicos e musculares que causam fraqueza ou controle precário da musculatura;
3. Idiopática – causa desconhecida, sendo a mais comum entre os adolescentes.
Os principais sinais e sintomas da escoliose podem ser: Ombros ou quadris assimétricos, coluna encurvada anormalmente para um dos lados e eventual desconforto muscular. A escoliose em crianças não costuma apresentar dor, neste caso, apenas o acompanhamento médico mais criterioso poderá apresentar uma avaliação concreta, afastando a possibilidade de doenças mais graves.
O tratamento da escoliose vai depender do tipo, causa, tamanho, localização da curvatura, idade e outros fatores. Existem tratamentos desde observacionais até tratamentos cirúrgicos. A cirurgia consiste em corrigir, até certo nível, a curvatura da coluna, fixando os ossos até sua consolidação.
Cifose
A Cifose é, também, uma deformidade da coluna vertebral, porém no plano lateral. É reconhecida pela “má postura” e costas arqueadas. A instalação desta deformação ocorre de forma lenta, com ou sem dor nas costas, apresentando fadiga, sensibilidade e rigidez na coluna vertebral. Podem ter várias causas associadas a ela e o tratamento, como a escoliose, varia de tratamentos conservadores, simples fisioterapia ou até tratamentos cirúrgicos.
Doenças Degenerativas da Coluna
As doenças degenerativas da coluna são um grupo de condições que envolvem a perda da estrutura e função normal da coluna vertebral. Esses transtornos são comumente associados com os efeitos de aumento de sobrecarga axial sobre o esqueleto, que na maioria dos casos estão relacionados a esforço físico repetitivo, falta de atividade física, má postura, e outros, mas também podem estar associados a infecções, tumores, distensões musculares ou artrite/artrose.
A degeneração da coluna pode atingir tanto a região lombar, dorsal ou cervical. Esta degeneração pode implicar em síndromes dolorosas na coluna, nos membros superiores ou inferiores, além do que culminar em déficits sensitivos e motores dos membros causados pela compressão sobre a medula espinhal e raízes nervosas. Estão associadas com a degeneração da coluna: deslocamento ou hérnia de disco, estenose espinhal, um estreitamento do canal vertebral, artrose, degradação da cartilagem nas articulações espinhais e outros.
Dentre as principais causas da doença degenerativa da coluna estão: doença discal degenerativa, hipertrofia ligamentar da coluna, artrose, hipotrofia muscular, instabilidade segmentar da coluna, lesões e/ou enfraquecimentos ligamentares, deficiência nas articulações da coluna, deformidades e desvios posturais.
Os discos intervertebrais são constituídos de cartilagem, tecido fibroso, e água; sendo que na idade adulta torna-se avascular. Com a idade, estes discos podem enfraquecer e desidratar. Hérnia de Disco é uma causa comum da dor associada a degeneração espinhal, ocorre quando a parte fibrosa do disco enfraquece e parte do núcleo pulposo do disco extravasa colocando pressão sobre os nervos periféricos e medula. Além disso, uma degeneração do disco também pode causar crescimentos ósseos (osteófitos) que podem colocar uma pressão adicional sobre a medula espinhal.
Desta forma, pode-se considerar a doença degenerativa da coluna como uma doença multifatorial, ou seja, causada com múltiplos fatores que associados levam a um desgaste precoce dos discos intervertebrais e articulações da coluna, culminando em síndromes dolorosas e comprometimentos neuro-motores provocados pela compressão nervosa.
Traumas
As lesões sobre a coluna vertebral ocasionadas por traumatismos são muito comuns, especialmente nos casos de acidentes de trânsito e quedas de altura. Vários tipos de fraturas e deslocamentos são frequentes, diversas vezes com consequências graves, como a lesão do tecido nervoso (Medula e/ou raízes nervosas), provocando paralisias. A maioria das lesões podem ser tratadas somente com repouso e/ou uso associado de coletes, sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos, ficando esta reservada para os casos em que há uma instabilidade da coluna ou algum dano neurológico associado.
Tumores
Tumores originários especificamente da coluna vertebral não são muito comuns. Estima-se que somente 10% dos tumores na coluna vertebral originam-se de células nervosas situadas no interior deste órgão. Entretanto, metástases ósseas (quando o tumor maligno, ou câncer, de outra parte do corpo migra para outro local) não são raras e podem afetar a região. O tratamento pode ser através de
Hérnia de Disco
A palavra hérnia significa projeção ou saída através de uma fissura ou orifício, de uma estrutura contida. O disco intervertebral é a estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral.
Ele é composto de uma parte central, chamada núcleo pulposo ou liquido viscoso, de uma parte periférica composta de tecido cartilaginoso chamado anel fibroso e de uma parte superior e inferior chamado placa terminal. Portanto, a hérnia de disco é a saída do liquido pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso. A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas correspondentes a hernia de disco ou a protrusão. Esta compressão poderá causar os mais diversos sintomas.
Os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão discal, podendo estas dores serem irradiadas para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical as dores se irradiam para os braços, mãos e dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés. O paciente pode também sentir formigamentos e dormência nos membros. Nos casos mais graves, pode haver perda de força nas pernas e incontinência urinária.
A hérnia de disco pode ser tratada de várias formas, dependendo de suas características. O tratamento cirúrgico é indicado em pacientes que apresentam alguma disfunção neurológica grave como perda de força progressiva ou quando não melhora com o tratamento clínico.